A dengue é uma doença infecciosa febril aguda, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Comum em países tropicais como o Brasil, ela representa um grande desafio de saúde pública, principalmente durante os períodos chuvosos, quando o acúmulo de água favorece a reprodução do vetor.
Mesmo sendo bastante conhecida, a dengue ainda gera dúvidas e, muitas vezes, é negligenciada. Compreender como ela se manifesta, seus sintomas, formas de tratamento e, principalmente, como preveni-la, é essencial para proteger a si mesmo e a comunidade.
O que causa a dengue e como ocorre a transmissão
O vírus da dengue possui quatro sorotipos (DEN 1, 2, 3 e 4). Quem contrai um sorotipo ganha imunidade permanente contra ele, mas continua vulnerável aos outros. Ou seja, uma pessoa pode ter dengue até quatro vezes na vida, e o risco de complicações aumenta a cada nova infecção.
O mosquito Aedes aegypti transmite o vírus quando pica alguém infectado e depois outra pessoa. Essa fêmea do mosquito prefere áreas urbanas e põe ovos em locais com água parada e limpa. Costuma picar durante o dia, principalmente no início da manhã e no fim da tarde.
Os sintomas mais comuns incluem febre alta de início repentino, dores no corpo e nas articulações, dor atrás dos olhos, manchas vermelhas na pele, dor de cabeça, náuseas e cansaço extremo. Em casos graves, podem surgir sangramentos, queda de pressão arterial e problemas nos órgãos, exigindo atenção médica urgente.
O que fazer ao identificar os sintomas
Ao perceber os primeiros sinais da dengue, procure uma unidade de saúde. O diagnóstico pode ser feito com base nos sintomas e confirmado por exames laboratoriais, dependendo do caso.
Não existe cura específica para a dengue. O tratamento foca no alívio dos sintomas e na hidratação. Evite automedicação, principalmente com anti-inflamatórios ou medicamentos que contenham ácido acetilsalicílico (AAS), pois eles aumentam o risco de hemorragia.
Beber bastante líquido é fundamental para ajudar o corpo a se recuperar. Casos leves podem ser tratados com repouso, alimentação leve e hidratação. Já os casos graves podem exigir internação para controle rigoroso dos sintomas.
Fique atento a sinais de alerta como dor abdominal forte, vômitos persistentes, sangramentos, tonturas ou sonolência excessiva. Esses sintomas indicam evolução para formas graves da doença, que podem colocar a vida em risco.
A prevenção começa em casa
O combate à dengue depende da ação de todos. O Aedes aegypti se desenvolve em ambientes urbanos, principalmente em recipientes com água parada. Por isso, eliminar esses criadouros é a principal forma de prevenção.
Veja algumas atitudes simples que ajudam a evitar a proliferação do mosquito:
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Tampe bem caixas d’água e reservatórios;
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Limpe calhas e ralos com frequência;
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Evite acúmulo de lixo e entulho;
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Guarde garrafas e baldes com a boca para baixo;
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Troque a água dos vasos de plantas por areia;
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Mantenha piscinas limpas e com cloro.
Use repelente nas áreas expostas do corpo, principalmente em regiões com alto número de casos. Roupas compridas também ajudam a evitar picadas. Em períodos de surto, redobre os cuidados com as crianças e os idosos, que podem apresentar quadros mais graves.
As ações comunitárias, campanhas de conscientização e iniciativas escolares ou empresariais também têm um papel importante. Quanto mais pessoas adotarem medidas preventivas, menor será a circulação do vírus.
A dengue
Por fim, é uma ameaça constante, mas podemos controlá-la com atitudes simples e informação correta. Manter os ambientes livres de focos do mosquito, usar repelentes e procurar atendimento médico aos primeiros sintomas são formas eficazes de proteger sua saúde e a de todos ao redor.
Assumir a responsabilidade pela prevenção é um gesto de cidadania e cuidado com a vida.