MPox está de volta? Entenda os riscos

A MPox, anteriormente chamada de varíola dos macacos, voltou a ganhar atenção mundial nos últimos anos por causa do aumento de casos fora das regiões africanas onde é mais comum. Apesar de não ser uma doença nova, sua presença em surtos recentes levantou preocupações em relação ao contágio, à prevenção e ao tratamento.

O que é a MPox

A MPox é uma doença causada pelo vírus monkeypox, da mesma família do vírus da varíola humana. No entanto, diferentemente da varíola, erradicada no mundo desde 1980, a Mpox ainda circula em algumas regiões da África Central e Ocidental.

Os sintomas começam de forma semelhante aos de outras viroses: febre, dor de cabeça, dores musculares, calafrios e cansaço. Poucos dias depois, surgem lesões na pele que evoluem para pústulas dolorosas. Elas podem aparecer em várias partes do corpo, como rosto, mãos, pés e áreas genitais. Na maioria dos casos, a doença evolui de maneira leve, mas pessoas imunossuprimidas, crianças e gestantes podem apresentar complicações mais graves.

Como ocorre a transmissão

A transmissão da MPox ocorre, principalmente, por meio de contato direto com fluidos corporais, lesões de pele ou mucosas de pessoas infectadas. Isso inclui beijos, abraços prolongados, relações sexuais e o uso de objetos contaminados, como roupas de cama ou toalhas.

Embora com menor frequência, o vírus também pode se espalhar por gotículas respiratórias, especialmente quando há conversas próximas e prolongadas. Animais, principalmente roedores e primatas, também podem transmitir o vírus para seres humanos.

Por isso, os serviços de vigilância epidemiológica precisam atuar com agilidade. Ao contrário de vírus respiratórios altamente contagiosos, como o da COVID-19, a MPox não se espalha facilmente pelo ar. Sendo assim, locais ventilados e com pouco contato físico oferecem menos risco.

Como se prevenir e o que fazer em caso de sintomas

A prevenção começa com a informação. Evitar contato direto com pessoas que tenham lesões de pele suspeitas é essencial. Também é importante usar preservativos durante relações sexuais e lavar as mãos com frequência.

Em áreas com surtos identificados, profissionais de saúde isolam os infectados e rastreiam seus contatos próximos. Além disso, algumas vacinas originalmente desenvolvidas para a varíola humana oferecem proteção contra a MPox e têm sido utilizadas em situações emergenciais.

Pessoas com sintomas devem procurar atendimento médico logo nos primeiros sinais. Quanto mais cedo houver a suspeita clínica, maior a chance de evitar a disseminação do vírus. Os profissionais de saúde realizam o diagnóstico a partir de amostras das lesões, usando o teste de RT-PCR.

Considerações finais

Apesar de a MPox ser pouco comum fora das regiões endêmicas, seu avanço recente em outras partes do mundo exige atenção. A informação correta, a adoção de hábitos de higiene e o reconhecimento precoce dos sintomas ajudam a conter o vírus e proteger a comunidade.

Com medidas simples e bem orientadas, é possível reduzir o risco de infecção. A saúde pública se fortalece quando profissionais, autoridades e cidadãos colaboram. Assim, o conhecimento continua sendo uma das principais ferramentas contra doenças emergentes como a MPox.

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