Surto de SRAG: Minas decreta emergência

O estado de Minas Gerais vive uma situação preocupante no campo da saúde pública. Isso ocorre devido ao aumento expressivo de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e de outras infecções virais. Até a manhã de 3 de maio, seis municípios já haviam decretado situação de emergência. Com isso, as autoridades visam acelerar a resposta à crise e evitar o colapso do sistema de saúde.

Aumento de casos leva municípios à emergência

Até o momento, os seguintes municípios oficializaram o decreto:

  • Belo Horizonte;

  • Betim;

  • Contagem;

  • Pedro Leopoldo;

  • Santa Luzia;

  • Conselheiro Lafaiete.

Essas cidades enfrentam uma forte pressão sobre os serviços de saúde, especialmente nos atendimentos pediátricos. O aumento de internações é atribuído, principalmente, à circulação intensa de vírus como o Influenza A e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Como consequência, os hospitais estão operando próximos ao limite de capacidade, sobretudo nas unidades de terapia intensiva (UTIs).

Além disso, segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), mais de 26 mil internações por SRAG foram registradas entre janeiro e abril de 2025. Do total, a maioria dos casos graves envolveu crianças menores de um ano e idosos acima de 60 anos. Em vista disso, os municípios decidiram adotar medidas emergenciais.

Medidas imediatas adotadas

A partir da decretação da emergência, as prefeituras podem agilizar contratações de profissionais e a compra de medicamentos, sem a necessidade de licitações demoradas. Dessa forma, é possível responder com mais agilidade ao crescimento da demanda por atendimentos.

Além dos esforços municipais, o governo estadual também decretou emergência em saúde pública por 180 dias. Assim, a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) abriu processo seletivo para contratar 110 profissionais. Os selecionados atuarão nos hospitais João XXIII, Infantil João Paulo II, Eduardo de Menezes, Júlia Kubitschek e Maternidade Odete Valadares, todos em Belo Horizonte.

Portanto, a soma de esforços entre estado e municípios busca conter a propagação das doenças respiratórias. Ao mesmo tempo, as ações emergenciais visam garantir o atendimento adequado à população mineira.

O que a população pode fazer

Embora o poder público esteja adotando medidas rápidas, a colaboração da população continua sendo essencial. Portanto, é necessário adotar hábitos preventivos para reduzir a circulação dos vírus. Entre as recomendações, destacam-se:

  • Manter a vacinação atualizada, especialmente contra a gripe;

  • Evitar aglomerações, principalmente em locais fechados;

  • Usar máscara em hospitais e unidades de saúde, mesmo que não haja sintomas;

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou álcool 70%;

  • Procurar atendimento médico assim que surgirem sintomas respiratórios.

Ademais, crianças pequenas, idosos, gestantes e pessoas com imunidade comprometida devem ter atenção redobrada. Isso porque esses grupos correm maior risco de desenvolver formas graves da doença.

Além das ações individuais, escolas, creches e instituições de longa permanência para idosos devem reforçar protocolos sanitários. Assim, é possível reduzir a transmissão dentro desses ambientes vulneráveis.

Conclusão

Diante da situação atual, Minas Gerais se mobiliza para evitar uma crise maior. As ações emergenciais mostram que o estado e os municípios estão empenhados em preservar vidas. No entanto, para que as medidas surtam efeito, é fundamental que cada cidadão faça a sua parte.

Por fim, manter hábitos preventivos, procurar atendimento oportuno e seguir as orientações das autoridades de saúde são atitudes indispensáveis neste momento.

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